
A prática obstétrica da enfermeira no parto institucionalizado: uma possibilidade de conhecimento emancipatório
2013; Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós Graduação em Enfermagem; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0104-07072013000300024
ISSN1980-265X
AutoresMaysa Luduvice Gomes, Maria Aparecida Vasconcelos Moura, Ívis Emília de Oliveira Souza,
Tópico(s)Breastfeeding Practices and Influences
ResumoPesquisa qualitativa, que objetivou analisar os sentidos atribuídos pelas enfermeiras às mudanças de sua prática obstétrica, utilizando o método produção de sentidos no cotidiano - práticas discursivas, proposto por Mary Spink. Dados coletados por entrevista individual, semiestruturada, com 16 enfermeiras obstétricas, em maternidades públicas - Rio de Janeiro, Brasil. Foram analisadas com os conceitos de travessia de fronteiras e constelações de poder de Boaventura Santos. Os sentidos atribuídos pelas enfermeiras às práticas obstétricas evidenciaram uma transformação em processo no âmbito do conhecimento obstétrico e das práticas na perspectiva da desmedicalização. Fronteira, lugar de transição paradigmática de novas práticas surge em relações emancipatórias com as mulheres. Concluímos que experimentar novas práticas envolve superação dos limites conhecidos para encontrar autonomia, configurando-se um conhecimento e prática com possibilidades emancipatórias. Travessias, nessa direção, se dão pela ousadia de buscar e experimentar o novo, transgredir o limite e aproveitar os espaços abertos na constelação de poderes.
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