Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Fatores prognósticos da revascularização na fase aguda do infarto agudo do miocárdio

2001; Brazilian Society of Cardiovascular Surgery; Volume: 16; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0102-76382001000300003

ISSN

1678-9741

Autores

Fábio Biscegli Jatene, José Carlos Nicolau, Alexandre Ciappina Hueb, Fernando Antibas Atik, Luciano M. Barafiole, Cláudio Bovolenta Murta, Noedir Antônio Groppo Stolf, Sérgio Almeida de Oliveira,

Tópico(s)

Coronary Interventions and Diagnostics

Resumo

OBJETIVO: Determinar os fatores preditores de má evolução nos pacientes submetidos a revascularização do miocárdio (RM) na fase aguda do infarto do miocárdio (IAM). CASUÍSTICA E MÉTODOS: No período de março de 1998 a novembro de 1999, 49 pacientes foram submetidos a RM na fase aguda do IAM. Foram excluídos pacientes portadores de complicações mecânicas do IAM e submetidos a procedimentos associados a RM. Os pacientes foram divididos em: Grupo I - 29 casos que não apresentaram complicações decorrentes do IAM e Grupo II - 20 casos com uma ou mais complicações. As complicações consideradas foram: isquemia recorrente (18 pacientes), insuficiência cardíaca congestiva (11), choque cardiogênico (9), hipotensão (7), reinfarto (4), taquicardia ventricular sustentada (4) e fibrilação ventricular (3). Os grupos foram considerados comparáveis em relação às características pré-operatórias, exceto pela idade mais avançada no grupo II. No intuito de identificar os fatores determinantes de pior prognóstico pós-operatório, foram correlacionadas e analisadas as características dos pacientes e as complicações do IAM, estudados pelo teste de variância e análise multivariada. RESULTADOS: A mortalidade global foi de 6,12% (3 pacientes), sendo somente no grupo II. A análise multivariada identificou como fatores preditores de mortalidade hospitalar a hipotensão arterial (p=0,045), o choque cardiogênico (p=0,001) e a fibrilação ventricular (p=0,012). CONCLUSÕES: A RM na fase aguda do IAM é um procedimento seguro em pacientes sem complicações, sem mortalidade operatória. A presença de complicações pré-operatórias como choque cardiogênico, fibrilação ventricular e hipotensão são considerados fatores de mau prognóstico nesta condição.

Referência(s)