Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Fatores de morbimortalidade na cirurgia eletiva do aneurisma da aorta abdominal infra-renal: experiência de 134 casos

2008; Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV); Volume: 7; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s1677-54492008000300006

ISSN

1677-7301

Autores

Aquiles Tadashi Ywata de Carvalho, Vanessa Prado dos Santos, Álvaro Razuk Filho, Walter Karakhaian, Henrique Jorge Guedes Neto, Valter Castelli, Roberto Augusto Caffaro,

Tópico(s)

Abdominal vascular conditions and treatments

Resumo

CONTEXTO: O tratamento cirúrgico convencional do aneurisma da aorta abdominal (AAA) infra-renal pode resultar em complicações graves. A fim de otimizar os resultados na evolução do tratamento, é importante que sejam identificados os pacientes predispostos a determinadas complicações e instituídas condutas preventivas. OBJETIVOS: Avaliar a taxa de mortalidade operatória precoce, analisar as complicações pós-operatórias e identificar os fatores de risco relacionados com a morbimortalidade. MÉTODO: Foram analisados 134 pacientes com AAA infra-renal submetidos a correção cirúrgica eletiva no período de fevereiro de 2001 a dezembro de 2005. RESULTADOS: A taxa de mortalidade foi de 5,2%, sendo secundária principalmente a infarto agudo de miocárdio (IAM) e isquemia mesentérica. As complicações cardíacas foram as mais freqüentes, seguidas das pulmonares e renais. A presença de diabetes melito (DM), insuficiência cardíaca congestiva (ICC), insuficiência coronariana (ICO) e cintilografia miocárdica positiva para isquemia estiveram associadas às complicações cardíacas. A idade avançada, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e a capacidade vital forçada reduzida aumentaram os riscos de atelectasia e pneumonia. História de nefropatia, tempo de pinçamento aórtico prolongado e níveis de uréia elevados aumentaram os riscos de insuficiência respiratória aguda (IRA). A isquemia dos membros inferiores esteve associada ao tabagismo e à idade avançada, e a maior taxa de mortalidade, à presença de coronariopatia, tempos prolongados de pinçamento aórtico e de cirurgia. CONCLUSÃO: A taxa de morbimortalidade esteve compatível com a literatura nacional e internacional, sendo secundária às complicações cardíacas, respiratórias e renais. Os fatores de risco identificados no pré e transoperatório estiveram relacionados com essas complicações.

Referência(s)