Revisão Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Dengue, geoprocessamento e indicadores socioeconômicos e ambientais: um estudo de revisão

2009; Pan American Health Organization; Volume: 25; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1020-49892009000500012

ISSN

1680-5348

Autores

Regina Fernandes Flauzino, Reinaldo Souza‐Santos, Rosely Magalhães de Oliveira,

Tópico(s)

Global Maternal and Child Health

Resumo

OBJETIVO: Analisar os estudos que abordaram o tema dengue e geoprocessamento juntamente com indicadores socioeconômicos e ambientais na busca de uma melhor compreensão do comportamento da doença. MÉTODO: Conduziu-se uma busca nas bases MEDLINE, SciELO, Lilacs e banco de teses CAPES com os termos "dengue, sistema de informação geográfica, análise espacial, geoprocessamento, sensoriamento remotoe indicadores socioeconômicos e ambientais". Também foi conduzida uma busca manual de artigos selecionados das listas de referências. Foram incluídos todos os trabalhos publicados nos idiomas inglês, português ou espanhol até dezembro de 2007 que abordaram o tema dengue e geoprocessamento e indicadores socioeconômicos e ambientais. Os estudos foram agrupados conforme tipo (inquérito sorológico ou estudo com dados secundários) e unidade espacial de análise (município, distritos sanitários, bairros, regiões administrativas, setores censitários e quarteirões). RESULTADOS: Foram avaliados 22 estudos, todos da América Latina (19 do Brasil). Seis eram inquéritos sorológicos e 16 utilizaram dados secundários. Sistemas de informação geográfica foram utilizados em um inquérito e em 11 estudos da outra categoria. A agregação espacial utilizada foi semelhante em ambos os tipos. A pobreza não foi fator preponderante para o risco da doença. A heterogeneidade espacial de condições de vida e incidência esteve presente em 15 dos 16 trabalhos com dados secundários. CONCLUSÕES: Como a complexidade da dengue está intimamente relacionada com as características ecológicas do ambiente, os estudos que utilizam agregados de unidades espaciais aliados à análise das características ambientais locais fornecem uma visão mais completa da doença e permitem a identificação de heterogeneidade espacial, que mostrou ser um aspecto importante para o entendimento do desenrolar da epidemia de dengue.

Referência(s)