
Correlatos valorativos do sexismo ambivalente
2005; Springer Science+Business Media; Volume: 18; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/s0102-79722005000100003
ISSN1678-7153
AutoresRaquel Pereira Belo, Valdiney Velôso Gouveia, Jorge da Silva Raymundo, Célia Maria Cruz Marques,
Tópico(s)Consumer Behavior in Brand Consumption and Identification
ResumoO presente estudo teve como objetivo principal conhecer em que medida os valores humanos se correlacionam com o sexismo ambivalente e suas dimensões hostil e benévola. Participaram 301 pessoas da população geral de João Pessoa, provenientes de diferentes classes sociais. Suas idades variaram de 18 a 72 anos (m=29,5; dp=11,58), sendo a maioria do sexo feminino (54,2%), católica (56,8%), solteira (53,2%) e com curso superior (53,5%). Estas responderam o Inventário de Sexismo Ambivalente e o Questionário dos Valores Básicos, além de uma lista com 5 perguntas sócio-demográficas. Os resultados podem ser sumarizados como segue: 1) as duas dimensões do sexismo (benévolo e hostil) se mostraram diretamente correlacionadas entre si; 2) os homens mostraram maior pontuação em sexismo hostil do que as mulheres, embora não diferenciassem em termos do sexismo benévolo; 3) os participantes com pouco estudo, com uma religião definida (católica ou protestante) e de classe social baixa se mostraram mais sexistas; e, finalmente, 4) aqueles com maior pontuação nos valores normativos (obediência, religiosidade) apresentaram maior índice de sexismo, enquanto que os que o fizeram nos valores suprapessoais (beleza e conhecimento) obtiveram as menores pontuações nesta forma de expressão do preconceito. Estes resultados corroboram a concepção de que pensamentos, crenças e comportamentos conservadores tendem a promover o sexismo, ao passo que as pessoas orientadas ao universalismo, que são autodirigidas e não se prendem a preceitos específicos, tendem a ser menos sexistas.
Referência(s)