ENSINANDO ÉTICA PÓS-HUMANISTA NA FACULDADE DE DIREITO: AS DIMENSÕES DE GÊNERO, CULTURA E RAÇA NA RESISTÊNCIA DOS ESTUDANTES
2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 9; Issue: 15 Linguagem: Português
10.9771/rbda.v9i15.11306
ISSN2317-4552
Autores Tópico(s)Brazilian Legal Issues
ResumoEste ensaio desafia as fronteiras hegemônicas humanistas do<br />Direito ao analisar os desafios envolvidos em padronizar disciplinas<br />pós-humanistas nos currículos dos cursos de direito. Assuntos pós<br />humanistas relacionados ao ensino jurídico são vistos como marginais<br />e indignos de séria discussão ou bolsa de estudo. A autora identifica<br />os problemas que podem surgir com a introdução de conteúdos críticos pós-humanistas através de sua experiência no ensino de direito<br />animal como uma disciplina opcional e como parte de uma disciplina anual obrigatória sobre Direitos de Propriedade, bem como na<br />realização de uma conferência anual coordenada por estudantes. Ela<br />argumenta que os preconceitos relacionados a gênero, raça e outros<br />padrões, herdados do sistema de ensino jurídico como um todo, impedem os estudantes de adotarem discursos jurídicos não hegemônicos<br />que desafiem suas percepções acerca do Direito e seu papel. Esses<br />preconceitos levam à resistência e ao desafio às discussões de direito<br />pós‑humanistas até mesmo a estudantes marginalizados ou “alternativos”. A autora argumenta que esses preconceitos internalizados, que constituem a visão de mundo dos estudantes, poderiam ser enfrentados através de uma formulação pedagógica sensível e inovadora no ensino de disciplinas pós‑humanistas como o Direito Animal.
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