Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Considerações ecológicas sobre o fitoplâncton da baía do Guajará e foz do rio Guamá (Pará, Brasil)

2006; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português

10.46357/bcnaturais.v1i2.748

ISSN

2317-6237

Autores

Rosildo Santos Paiva, Enide ESKINAZI-LEÇA, José Zanon De Oliveira PASSAVANTE, Maria da Glória Gonçalves da Silva-Cunha, Nuno Filipe Alves Correia de Melo,

Tópico(s)

Aquatic Ecosystems and Phytoplankton Dynamics

Resumo

Estudos sobre a composição, biomassa e ecologia do fitoplâncton foram realizados bimestralmente, no período de dezembro de 1989 a outubro de 1990, na baía do Guajará, Pará, Brasil. A composição fitoplanctônica foi determinada a partir da análise de amostras de plâncton coletadas com rede de 65 μm de abertura de malha, arrastada horizontalmente à superfície. A biomassa foi calculada a partir da determinação da densidade fitoplanctônica (cel/l), segundo o método de Utermohl, e da determinação dos valores de clorofila ‘a’. Paralelamente foram realizadas medidas de salinidade, temperatura, transparência e pH da água. Qualitativamente o fitoplâncton da Baía do Guajará apresentou-se composto por 116 táxons específicos e infraespecíficos, sendo 1 cianofícea, 45 clorofíceas e 70 diatomáceas. Entre esta, destaca-se Polymyxus coronalis por ser considerada indicadora de águas salobras da região Amazônica. Quantitativamente, o fitoplâncton apresentou valores oscilando entre 790.000 cel/l e 4.790.000 cel/l, destacando-se os fitoflagelados por serem os organismos mais abundantes, seguidos das diatomáceas, cianofíceas e clorofíceas. Os teores de clorofila ‘a’ apresentaram variações entre 1,49 mg/m3 e 23,33 mg/m3. As águas da Baía do Guajará caracterizam-se pela estreita faixa de variação de salinidade, temperaturas elevadas, pequena transparência e pH geralmente ácido. A variação anual destes parâmetros está relacionada ao regime pluviométrico, que determina também os valores quantitativos do fitoplâncton.

Referência(s)