Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Mercúrio total em músculo de cação Prionace glauca (Linnaeus, 1758) e de espadarte Xiphias gladius Linnaeus, 1758, na costa sul-sudeste do Brasil e suas implicações para a saúde pública

2008; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 24; Issue: 9 Linguagem: Português

10.1590/s0102-311x2008000900012

ISSN

1678-4464

Autores

Adriana C. L. Dias, Jean Remy Davée Guimarães, Olaf Malm, Paulo A. S. Costa,

Tópico(s)

Aquaculture Nutrition and Growth

Resumo

Foram analisadas as concentrações de mercúrio total (THg) em tecido muscular do tubarão azul Prionace glauca e do teleósteo Xiphias gladius, vulgarmente conhecido como espadarte, provenientes das regiões sul e sudeste da costa brasileira, para verificar se estas se encontram dentro dos padrões legais para consumo humano. As amostras foram obtidas utilizando-se o programa REVIZEE, de agosto a setembro de 2001, e por intermédio de uma empresa de pesca em Itajaí, Santa Catarina. Foi analisado um total de 95 espécimes, testando-se as correlações entre THg, comprimento (cm) e peso (kg). As concentrações de mercúrio total em todas as amostras variaram de 0,13 a 2,26µgg-1 (peso úmido). A média de mercúrio total em P. glauca foi de 0,76 ± 0,48µgg-1 (p.u.), e em X. gladius foi de 0,62 ± 0,31µgg-1 (p.u.) com diferença não significativa (teste Mann-Whitney, p < 0,05). Em cerca de 16% das amostras, o THg excedeu o limite de 1µgg-1 (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e em 62% excedeu o limite de 0,5µgg-1 (Organização Mundial da Saúde - OMS). O consumo regular (100 g.dia-1) de P. glauca e de X. gladius resultaria em uma ingestão diária de THg que excederia em mais de duas vezes o limite diário de ingestão recomendado pela OMS.

Referência(s)