Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A sociedade de risco midiatizada, o movimento antivacinação e o risco do autismo

2015; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 20; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/1413-81232015202.10172014

ISSN

1678-4561

Autores

Paulo Roberto Vasconcellos-Silva, Luís David Castiel, Rosane Härter Griep,

Tópico(s)

Autism Spectrum Disorder Research

Resumo

Observam-se modificações epidemiológicas de doenças infecciosas entre famílias de classe média de países industrializados por força de crenças ligadas aos riscos da vacinação. Estas se expandem globalmente por conta de redes de sites, blogs e celebridades de ampla influência. Em vista da complexidade de tal fenômeno cultural, em sua analítica são articulados conceitos contemporâneos alinhados à ideia de reflexividade na sociedade de risco, assim como o da sociedade midiatizada receptora de enunciações de perigos e proteções em mútua referência e contradição. Discute-se a frequente emergência de tensões derivadas de ciclos de enunciações e incompletudes constituídas como “biovalores” simbólicos. Enfatiza-se o efeito persistente de enunciações ameaçadoras e fraudulentas a abastecer redes sociais virtuais que, há quase três décadas, ampliam o debate acerca da ligação do autismo com as vacinas. Conclui-se que os processos de produção de sentidos interligam-se em diversos níveis nos quais circulam representações que sustentam a comunicação e a identidade dos grupos com base em referenciais histórico-culturais.

Referência(s)