
O bambu é um desafio para a conservação e o manejo de florestas no sudoeste da Amazônia
2014; Brazilian Society for the Advancement of Science; Volume: 66; Issue: 3 Linguagem: Português
10.21800/s0009-67252014000300015
ISSN2317-6660
AutoresEvandro José Linhares Ferreira,
Tópico(s)Amazonian Archaeology and Ethnohistory
Resumoo sudoeste da Amazônia ocorrem extensas áreas de florestas nativas com o subosque (interior da mata) dominado por algumas espécies de bambu do gênero Guadua (Foto 1).Localmente conhecidas como "tabocais" no Brasil e "pacales" no Peru, essas florestas ocupam uma área estimada em 161.500 km² (1) (Figura 1) no sudoeste da Amazônia brasileira, nos estados do Acre e Amazonas, norte da Amazônia boliviana, no Departamento de Pando, e quase toda a Amazônia central do Peru, nos Departamentos de Madre de Dios e Ucayali.Estima-se que 59% da cobertura vegetal do Acre é composta por florestas primárias nas quais o bambu se apresenta como elemento principal ou secundário do subosque (2; 3).O gênero Guadua está amplamente distribuído nas Américas e caracteriza-se pelo hábito arborescente, porte mediano a grande, colmos e ramos com espinhos recurvados que auxiliam a sua fixação em outras plantas (4).Assim como outros bambus, Guadua possui florescimento monocárpico, ou seja, cada população individual apresenta um único evento com floração e frutificação maciças e sincrônicas (5; 6) seguidas de mortalidade de toda a população.A longevidade das populações de Guadua no sudoeste da Amazônia é estimada entre 27 e 28 anos (1).A sincronia na floração, frutificação e morte do bambu acontece por ser uma planta clonal, suportada por uma extensa teia rizomatosa subterrânea.Estudo recente estimou que o tamanho médio das populações de bambu no sudoeste da Amazônia é de 330 km², mas em uma delas a extensão ocupada era de 2.750 km² (1).As espécies de bambu mais frequentes nos tabocais do sudoeste da Amazônia são Guadua sarcocarpa Londoño & P. M
Referência(s)