Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Efeitos do AEB conjugado e do Bionator no tratamento da Classe II, 1ª divisão

2005; Dental Press Editora; Volume: 10; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s1415-54192005000500006

ISSN

1980-5500

Autores

Renata Rodrigues de Almeida‐Pedrin, Arnaldo Pinzan, Renato Rodrigues de Almeida, Márcio Rodrigues de Almeida, José Fernando Castanha Henriques,

Tópico(s)

Cleft Lip and Palate Research

Resumo

Este estudo cefalométrico objetivou avaliar as alterações dentárias e esqueléticas, em jovens com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, tratados com o aparelho extrabucal conjugado (splint maxilar) e com o Bionator. Estes dois grupos experimentais foram comparados a um grupo de jovens portadores da mesma má oclusão que não receberam tratamento, pareados pelo gênero, idade, tempo de observação e grandezas cefalométricas iniciais. A amostra constou de 180 telerradiografias em norma lateral de 90 jovens, divididos em três grupos de 30, sendo 15 do gênero masculino e 15 do feminino. Os jovens do grupo 1 foram mantidos como controle e apresentaram uma idade inicial média de 10,02 anos e foram observados pelo período médio de 1,49 anos. O grupo 2 foi submetido ao tratamento utilizando o aparelho extrabucal conjugado (splint maxilar), com idade inicial média de 10,02 anos e tempo de observação de 1,78 anos. O grupo 3 foi tratado com o Bionator por um tempo médio de 1,52 anos e os jovens apresentavam idade inicial média de 10,35 anos. A análise dos resultados mostrou que o tratamento da má oclusão de Classe II, 1ª divisão com o AEB conjugado e com o Bionator resultou de efeitos específicos e inerentes a cada aparelho. Os resultados patentearam que o deslocamento anterior da maxila foi restringido significantemente pelo tratamento com o AEB conjugado. O Bionator promoveu um aumento significante na protrusão mandibular, enquanto que o AEB conjugado mostrou efeitos esqueléticos menos evidentes. No entanto, ambos aparelhos estudados produziram um aumento nos comprimentos efetivo e do corpo da mandíbula, com valores maiores para o grupo 2. A relação maxilo-mandibular melhorou significantemente nos grupos tratados em comparação ao grupo controle. A análise do padrão de crescimento craniofacial e das alturas faciais não revelou alteração significante entre os grupos. Em relação às alterações dentoalveolares ambos aparelhos provocaram inclinação para lingual e retrusão dos incisivos superiores, porém os efeitos do AEB conjugado foram significantemente mais intensos. Os incisivos inferiores foram afetados de maneira distinta pelos aparelhos. No grupo tratado com o AEB conjugado, os incisivos lingualizaram e retruíram enquanto que o grupo tratado com o Bionator apresentou inclinação para vestibular e protrusão destes dentes. Os molares inferiores apresentaram um maior desenvolvimento vertical e horizontal nos grupos 2 e 3. Os primeiros molares superiores distalizaram no grupo tratado com o AEB conjugado, enquanto nos grupos 3 (Bionator) e controle houve mesialização. Deste modo, verificou-se que ambos os protocolos de tratamento propiciaram alterações esqueléticas, dentárias e tegumentares, distintas e clinicamente relevantes para a correção da má oclusão de Classe II, 1ª divisão.

Referência(s)