
Diversidade arbórea das florestas alto montanas no Sul da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil
2010; Sociedade Botânica do Brasil; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1590/s0102-33062010000300011
ISSN1677-941X
AutoresFrancisco Haroldo Feitosa do Nascimento, Ana María Giulietti, Luciano Paganucci de Queiroz,
Tópico(s)Ecology and Vegetation Dynamics Studies
ResumoA região do extremo Sul da Chapada Diamantina abriga as maiores altitudes do Nordeste brasileiro. Situam-se nessas serras as maiores elevações da região Nordeste, entre elas, o Pico do Barbado (2.033 m.s.n.m.). Dois dos rios mais importantes da Bahia nascem nestas serras: o Rio de Contas e o Rio Paramirim. A região é bem conhecida botanicamente, porém, este foi o primeiro inventário quantitativo realizado enfocando as formações florestais. Comparou-se a composição florística de 12 fragmentos de floresta montana, entre 1.350 e 1.750 m.s.n.m., tendo sido amostrados os indivíduos com PAP> 8 cm. Registrou-se a presença de 116 espécies em 84 gêneros de 48 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Myrtaceae (N=20) e Lauraceae (N=10). Os gêneros com maior número de espécies foram Ocotea (N=7), Myrcia (N=5), Eugenia (N=4) e Miconia (N=4). A maioria das espécies apresentou padrão de distribuição amplo, mas foram encontradas espécies comuns a formações florestais de altitude do Sudeste e Sul do Brasil, como Drimys brasiliensis Miers (Winteraceae) e Weinmannia paulliniifolia Pohl (Cunnoniacae). A flora dos fragmentos estudados compartilha baixo número de espécies com as formações estacionais deciduais do entorno da Chapada Diamantina, indicando que estas florestas são únicas e merecem atenção especial, para sua conservação.
Referência(s)