
Estudo comparativo da polinização de Mangifera indica L. em cultivo convencional e orgânico na região do Vale do Submédio do São Francisco
2008; Sociedade Brasileira de Fruticultura; Volume: 30; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0100-29452008000200006
ISSN1806-9967
AutoresK. M. M. de Siqueira, L. H. P. Kiill, Celso Feitosa Martins, Ivanice Borges Lemos, Sabrina Pitombeira Monteiro, E. de A. Feitoza,
Tópico(s)Insect Pheromone Research and Control
ResumoO presente estudo foi desenvolvido durante os anos de 2005/2006, em plantio comercial de mangueira, da variedade Tommy Atkins, na Fazenda Frutex, em Petrolina-PE, objetivando verificar a biologia floral, bem como o estudo comparativo sobre o comportamento, a freqüência e a sazonalidade dos visitantes florais em cultivo orgânico e convencional. As inflorescências da mangueira apresentam flores masculinas e hermafroditas, na proporção de 2:1, com predominância das primeiras na base da panícula. A antese é diurna, assincrônica, com liberação de forte odor adocicado. As flores apresentam dicogamia, caracterizada pela deiscência das anteras 24h após a antese. A produção de néctar é contínua e em pequenas quantidades, em média 0,045 µL por flor. Quanto aos visitantes florais foram registradas 21 espécies, pertencentes às ordens: Diptera, Hymenoptera, Lepidoptera e Odonata. Apis mellifera foi a espécie mais freqüente nos dois tipos de cultivo. Dentre os dípteros, destacaram-se Belvosia bicincta (17,7%) e Musca domestica (10,2%) como as mais freqüentes em cultivo convencional e orgânico, respectivamente. A diversidade e o número de visitas foram maiores em cultivo orgânico. A utilização de agrotóxicos durante a floração reduziu a freqüência de visitas das abelhas em 50% e dos dípteros em 20%. Devido ao seu comportamento, freqüência e ativo deslocamento nas inflorescências, A. mellifera foi considerada como o polinizador mais eficiente da cultura para a região do Vale do Submédio São Francisco.
Referência(s)