Artigo Produção Nacional Revisado por pares

METAFÍSICA E ÉTICA EM DUNS SCOTUS

2013; UNIVERSIDADE FRANCISCANA; Volume: 6; Issue: 11 Linguagem: Português

ISSN

1982-2103

Autores

Solange Dejeanne,

Tópico(s)

Seventeenth-Century Political and Philosophical Thought

Resumo

Em certa medida parece correto afirmar que o pensamento etico de Scotus so se deixacompreender no horizonte de sua teologia. Pois, e do conhecimento do ente mais perfeito quederiva a verdade, necessaria para a razao pratica, que o ente mais perfeito deve ser amado.Ora, o ente mais perfeito, infinito, e Deus, e o conhecimento de Deus como ente infinito, deacordo com Scotus, parece ser aperfeicoado no homem pela fe. Logo, a lei natural segundo aqual amar a Deus e, por definicao, um principio pratico, teria como fundamento oconhecimento revelado de Deus. Neste caso o conhecimento moral so poderia ser alcancadomediante revelacao divina. Alem disso, a concepcao scotista da vontade como potencia capazde autodeterminar-se independentemente do intelecto, parece tambem ter levado algunsinterpretes a julgarem um (suposto) voluntarismo na etica do pensador franciscano,entendendo dai que o acesso racional a etica teria ficado reduzido no pensamento do filosofofranciscano. No entanto, parece que a propria concepcao de Scotus da lei natural, de acordocom a qual a vontade nao pode deixar de querer o bem em si, e o faz de modo livre, so sedeixa compreender no horizonte de sua metafisica. Assim, a lei natural, o “coracao da eticascotista”, nos remete a analise que faz Scotus das potencias da alma e da relacao entreentendimento e vontade. Trata-se aqui, pois, de analisar algumas questoes de ordemmetafisica em vista de uma melhor compreensao da etica de Scotus.

Referência(s)