Hepatitis B inactive carriers: An overlooked population?
2014; Karger Publishers; Volume: 21; Issue: 6 Linguagem: Português
10.1016/j.jpge.2014.08.003
ISSN2341-4545
AutoresInês Pita, Ana Horta-Vale, Hélder Cardoso, Guilherme Macedo,
Tópico(s)Liver Disease Diagnosis and Treatment
ResumoA significant portion of chronic hepatitis B (HBV) infected patients is in the inactive carrier state, characterized by normal transaminase levels, little viral replication and minimal liver necroinflammatory activity. Diagnosis is made after at least one year of regular monitoring and requires lifelong follow-up to confirm that this state is maintained. Studying the natural history of inactive carriers is currently hindered by the small number of studies on patients correctly diagnosed according to current guidelines. When correctly defined, inactive carrier state carries a very good prognosis in the spectrum of chronic hepatitis B infection, with low rates of reactivation, hepatocellular carcinoma and progression of disease to cirrhosis. In addition, clearance of hepatitis B surface antigen is more common in inactive carriers compared to the general HBV infected population. Reactivation is more likely during the first years of follow-up and during immunosuppressive therapies. Prophylactic antiviral treatment should be initiated as soon as possible in this latter case. Current guidelines do not routinely recommend liver biopsy in inactive carriers. However, some may have significant hepatic fibrosis at diagnosis and cannot therefore be classified as such; others may develop fibrosis during follow-up and consequentially have poorer prognosis. Despite some limitations, transient elastography appears an ideal approach for identifying such patients and for serial monitoring of liver changes in all inactive carriers. Overall, more longitudinal studies on larger cohorts of true inactive carriers would be helpful for establishing with greater certainty the most appropriate management strategy in these patients. Uma porção significativa dos doentes com infecção crónica pelo vírus da hepatite B (HBV) encontra-se num estado de portador inactivo, caracterizado por níveis normais de transamínases, baixa taxa de replicação vírica e actividade necroinflamatória hepática mínima. O diagnóstico é feito após pelo menos um ano de monitorização periódica e requer vigilância por tempo indeterminado para confirmar que se mantém. O estudo da história natural dos portadores inacitvos é actualmente dificultado pelo número limitado de estudos em doentes correctamente diagnosticados de acordo com as guidelines actuais. Quando corretamente definido, o estado de portador inativo associa-se a um excelente prognóstico dentro do espectro da infecção crónica por HBV, com baixas taxas de reactivação, carcinoma hepatocelular e progressão para cirrose. Além disso, a perda do antigénio de superfície da hepatite B é mais frequente em portadores inativos do que na generalidade da população infetada pelo VHB. A reativação é mais provável durante os primeiros anos de seguimento e após terapêuticas imunossupressoras: deve ser instituída profilaxia antivírica neste segundo caso. As guidelines actuais não recomendam biópsia hepática por rotina em portadores inativos; no entanto, alguns deles podem ter fibrose hepática importante na altura do diagnóstico, não podendo ser classificados como tal; outros podem vir a desenvolvê-la, tendo consequentemente pior prognóstico. Apesar de algumas limitações, a elastografia hepática transitória afigura-se como um método ideal para identificar estes doentes e para a monitorização seriada de alterações hepáticas em todos os portadores inativos. Novos estudos longitudinais em verdadeiros portadores inativos são necessários para estabelecer com maior certeza a melhor estratégia nestes doentes.
Referência(s)