Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Variações do nível do mar na planície de Jacarepaguá diferentes escalas de tempo e suas transformações ambientais

2015; Escola Superior de Sustentabilidade; Volume: 6; Issue: 2 Linguagem: Português

10.6008/spc2179-6858.2015.002.0006

ISSN

2179-6858

Autores

Julia Caon Araujo, Fábio Ferreira Dias, Sérgio Ricardo da Silveira Barros, Bárbara Franz,

Tópico(s)

Geography and Environmental Studies

Resumo

A Planície de Jacarepaguá tem sua gênese atribuída a sucessivos eventos regressivos e transgressivos (Martin 1984), somados ao aporte de sedimentos marinhos e fluviais. Através desses processos formaram-se diversas feições ao longo da costa, como a própria planície e seus cordões litorâneos, feições deposicionais e instalação de um sistema laguna-barreira. As planícies caracterizam-se por serem superfícies relativamente planas, baixas, posicionadas rentes ao mar, originando ambientes sensíveis às oscilações do nível do mar. Grande parte da população mundial está localizada em regiões litorâneas, sendo assim, é de suma importância a análise conjunta dos estudos sobre a evolução geológica da Planície de Jacarepaguá durante o Holoceno, realizada por Martin (1984) e das previsões do IPCC para o aumento do nível do mar para o próximo século. O presente trabalho teve como objetivo mapear as possíveis áreas da Planície de Jacarepaguá, que poderão ser atingidas de acordo com as estimativas futuras de elevação do nível do mar, utilizando como metodologia a classificação das feições da área, revisão bibliográfica sobre estudos relacionados a variações do nível do mar, representação da altimetria e das formas de relevo através da construção de um modelo digital, assim como a evolução geológica e o crescimento populacional da região. A partir dos resultados foi possível mapear os bairros atingidos pelo aumento do nível do mar no reverso da barreira e no entorno das lagoas da região, como os bairros do Itanhangá, Recreio dos Bandeirantes e Jacarepaguá, assim como prever impactos como uma possível retrogradação da barreira. Por isso, se faz necessário o estudo dos fenômenos ocorridos no passado para a previsão de impactos e planejamento de ações mitigadoras.

Referência(s)