Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Androginia e surrealismo a propósito de Frida e Ismael - velhos mitos: eterno feminino

2014; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 22; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0104-026x2014000300006

ISSN

1806-9584

Autores

Maria Bernardete Ramos Flores,

Tópico(s)

Historical Gender and Feminism Studies

Resumo

Nas primeiras décadas do século XX, retorna o mito do Andrógino como promessa de felicidade espiritual. Entre os surrealistas, a androginia junto ao culto da mulher funcionou como alteridade, como valorização dos subterrâneos da modernidade. A androginia aparece em vários trabalhos de Frida Kahlo no México e Ismael Nery no Brasil, ambos com aproximação ao Surrealismo. Em Frida, o mito oscila entre espiritual e político, entre transgressão e sujeição, vai do lesbianismo e do desejo de inversão dos tradicionais papéis de gênero à dissolução de sua própria identidade, submetida no amor pelo marido. Ismael, na duplicidade de seus autorretratos e na iconografia dos casais amorosos, expressa a fusão dos sexos como parte do mundo das ideias. "Sexo artístico por excelência", os mitos aparecem com maior força na arte de Ismael Nery.

Referência(s)