
Mudança climática e seus efeitos na cultura do arroz
2010; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 40; Issue: 11 Linguagem: Português
10.1590/s0103-84782010001100028
ISSN1678-4596
AutoresLidiane Cristine Walter, Nereu Augusto Streck, Hamilton Telles Rosa, Cleusa Adriane Menegassi Bianchi Krüger,
Tópico(s)Coffee research and impacts
ResumoA partir da revolução industrial, houve um aumento da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera terrestre, como o dióxido de carbono (CO2), o que poderá levar a um aumento na temperatura global até o final do século XXI. O efeito direto do incremento na concentração de CO2 nas plantas é a possibilidade de aumento da taxa de crescimento das plantas e produtividade das culturas, uma vez que o CO2 é o substrato para fotossíntese. Se o aumento da concentração de CO2 for acompanhado de aumento da temperatura do ar, poderá haver encurtamento do ciclo e aumento da respiração do tecido vegetal, reduzindo ou anulando os efeitos benéficos do CO2. No entanto, a resposta aos aumentos na concentração de CO2 e temperatura do ar varia de acordo com a cultura considerada. Assim, o objetivo desta revisão foi reunir informações da resposta ecofisiológica da cultura do arroz, um dos três cereais mais produzidos e consumidos pela população mundial, à mudança climática. Plantas com metabolismo C3, como o arroz, são mais beneficiadas pelo aumento da concentração de CO2 atmosférico do que plantas com metabolismo C4. Altas temperaturas diurnas e noturnas podem reduzir drasticamente o potencial produtivo da cultura do arroz devido ao encurtamento do ciclo da cultura e à esterilidade de espiguetas. Essa tendência pode ser mitigada com a seleção de genótipos mais resistentes às condições de alta temperatura do ar durante o florescimento, bem como a alteração da época de semeadura.
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