
Trabalho, terra e geração de renda em três décadas de reflorestamentos no alto Jequitinhonha
2009; Brazilian Society of Economy, Administration and Rural Sociology; Volume: 47; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0103-20032009000200009
ISSN1806-9479
AutoresJuliana Sena Calixto, Eduardo Magalhães Ribeiro, Flávia Maria Galizoni, Renato Luís Grisi Macedo,
Tópico(s)Agriculture, Land Use, Rural Development
ResumoA partir dos anos 1970, as chapadas do Alto Jequitinhonha, localizadas no nordeste de Minas Gerais, até então áreas de uso comum de agricultores familiares, foram plantadas com eucaliptos. O objetivo deste artigo é comparar os efeitos do reflorestamento sobre a estrutura fundiária, valor da produção agrícola e ocupação rural com os efeitos da produção agrícola familiar sobre essas mesmas variáveis na microrregião homogênea de Capelinha, no Alto Jequitinhonha. Tal microrregião foi escolhida para o estudo por ser a área de maior concentração de eucaliptais da região. Foram utilizados dados secundários dos Censos do IBGE para os anos de 1970, 1980, 1985 e 1996, além de dados secundários de pesquisas realizadas sobre a região em questão, incluindo entrevistas com dirigentes de empresas e lideranças sindicais. O artigo conclui que, em trinta anos, o reflorestamento concentrou terras e criou um número reduzido de empregos; a agricultura familiar, ao contrário, teve suas áreas de terras comprimidas e super-exploradas em decorrência da perda das chapadas, mas continuou sendo a principal responsável pela geração de ocupações e rendas na região.
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