Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Tratamento medicamentoso dos tumores hipofisários. Parte I: prolactinomas e adenomas secretores de GH

2000; Editora da Universidade de São Paulo; Volume: 44; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/s0004-27302000000500003

ISSN

1677-9487

Autores

Lúcio Vilar, Luciana Ansaneli Naves, Maria da Conceição Freitas, Sebastião Oliveira, Verônica Leite, Viviane Canadas,

Tópico(s)

Neuroendocrine Tumor Research Advances

Resumo

O recente desenvolvimento de novas drogas, particularmente os análogos da somatotastina (SRIFa), representou um grande progresso na terapia dos tumores hipofisários. Os SRIFa mostram-se bastante eficazes na normalização dos níveis de GH e IGF-1 em acromegálicos e podem ser uma alternativa para a cirurgia transesfenoidal, mas seu uso como terapia primária da acromegalia fica limitado pelo pequeno efeito dessas drogas na redução das dimensões do tumor. Os resultados preliminares com os antagonistas do receptor de GH, como o pegvisomant, são bastante animadores. Tais drogas permitem a normalização do IGF-1 e melhora clínica em mais de 80% dos casos; entretanto, não causam redução tumoral. Agonistas dopaminérgicos (DA) representam a terapia de escolha para microprolactinomas sintomáticos e macroprolactinomas, permitindo normalização dos níveis da prolactina e redução do volume do adenoma na maioria dos pacientes. Podem também ser eventualmente eficazes em acromegálicos, sobretudo naqueles com adenomas co-secretores de prolactina e níveis não muito elevados de GH e IGF-1. Devido a sua maior eficácia e melhor tolerabilidade, a cabergolina representa o DA de escolha para o manuseio dos prolactinomas e da acromegalia.

Referência(s)