
Variação no número de glândulas e produção de óleo em flores de Stigmaphyllon paralias A. Juss. (Malpighiaceae)
2005; Sociedade Botânica do Brasil; Volume: 19; Issue: 2 Linguagem: Português
10.1590/s0102-33062005000200002
ISSN1677-941X
AutoresPaula Dib de Carvalho, Eduardo Leite Borba, María Angélica,
Tópico(s)Fern and Epiphyte Biology
ResumoFoi estudada uma população de Stigmaphyllon paralias (Malpighiaceae) em Feira de Santana, Bahia, Brasil, visando analisar a variação do número de glândulas e sua produção de óleo nas flores. Dos indivíduos analisados, 76% não variaram o número de glândulas entre suas flores, ocorrendo 41% de indivíduos com flores que possuem 10 glândulas, 31% com oito glândulas e 4% com nove glândulas. Nas flores dos morfos que apresentam oito e nove glândulas, as glândulas ausentes são sempre as da sépala inferior. Centris leprieuri e Epicharis sp. (Apidae: Centridini) foram as únicas espécies que visitaram S. paralias, coletando óleo como recompensa. A sépala inferior localiza-se sob o abdome do polinizador quando pousado na flor, tornando-se inacessível à coleta de óleo. Sugerimos que a incapacidade de utilização de algumas glândulas pelos polinizadores possa ter possibilitado o aparecimento de morfos nas populações que não apresentam estas glândulas como caráter adaptativo por gerar economia de recursos na produção de recompensa não utilizada pelo polinizador. Todas as glândulas de todos os morfos são funcionais. As flores dos dois morfos principais com oito e 10 glândulas, produzem a mesma quantidade total de óleo. As glândulas das flores com oito glândulas aumentam a produção em cerca de 20%, compensando a produção total de óleo por flor.
Referência(s)