Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Propagação de Vitis spp. pela enxertia de mesa utilizando diferentes porta-enxertos e auxinas

2012; Sociedade Brasileira de Fruticultura; Volume: 34; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0100-29452012000300032

ISSN

1806-9967

Autores

Murillo de Albuquerque Regina, C. R. de Souza, Frédérico Alcântara Novelli Dias,

Tópico(s)

Plant Pathogens and Fungal Diseases

Resumo

A enxertia de mesa constitui-se, hoje, uma técnica alternativa de multiplicação da videira. No Brasil, esta técnica começou a ser empregada em escala comercial a partir dos anos 2000, mas diversas etapas da produção foram adaptadas de conhecimentos gerados no Hemisfério Norte, sem experimentação local. O emprego de auxinas é fundamental em algumas etapas do processo, como na formação do calo e no enraizamento, podendo afetar substancialmente as taxas de pegamento das mudas. Por outro lado, dentro da gama de porta-enxertos de uso corrente na viticultura nacional, a aptidão ao pegamento das mudas por esta técnica é variável e carente de experimentação regional. Neste sentido, este estudo testou diferentes parafinas de enxertia, enriquecidas ou não com auxinas, e diferentes porta-enxertos para um grupo variável de cultivares de videiras. Os experimentos foram realizados no Núcleo Tecnológico EPAMIG Uva e Vinho, em Caldas-MG, empregando a técnica de enxertia de mesa com estratificação em água e repicagem dos enxertos em canteiros a céu aberto. A parafina enriquecida com auxina mostrou-se mais indicada para a enxertia, ao passo que o emprego do AIB para enraizamento dos porta-enxertos não influenciou positivamente na produção das mudas. O pegamento médio de enxertia para os diferentes porta-enxertos foi variável em função dos anos de estudo, mas situou-se dentro dos valores normais próximos aos 55 % para esta técnica, à exceção da cultivar 420 A, que não se mostrou adaptada à esta técnica de propagação para a região em estudo.

Referência(s)