Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Diferenciais intermunicipais de condições de vida e saúde: construção de um indicador composto

2009; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 43; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1590/s0034-89102009000100015

ISSN

1518-8787

Autores

Olinda do Carmo Luiz, Luiza Sterman Heimann, Roberta Cristina Boaretto, Adriana Pacheco, Umberto Catarino Pessoto, Lauro Cesar Ibanhes, Iracema Ester do Nascimento Castro, Jorge Kayano, Virgínia Junqueira, Jucilene Leite da Rocha, Carlos Tato Cortizo, Emílio Telesi,

Tópico(s)

Global Public Health Policies and Epidemiology

Resumo

OBJETIVO: Descrever um índice para reconhecimento das desigualdades de condições de vida e saúde e sua relação com o planejamento em saúde. MÉTODOS: Foram selecionadas variáveis e indicadores que refletissem os processos demográficos, econômicos, ambientais e de educação, bem como oferta e produção de serviços de saúde. Esses indicadores foram utilizados no escalonamento adimensional dos indicadores e agrupamento dos 5.507 municípios brasileiros. As fontes de dados foram o censo de 2000 e os sistemas de informações do Ministério da Saúde. Para análise dos dados foram aplicados os testes z-score e cluster analysis. Com base nesses testes foram definidos quatro grupos de municípios segundo condições de vida. RESULTADOS: Existe uma polarização entre o grupo de melhores condições de vida e saúde (grupo 1) e o de piores condições (grupo 4). O grupo 1 é caracterizado pelos municípios de maior porte populacional e no grupo 4 estão principalmente os menores municípios. Quanto à macrorregião do País, os municípios do grupo 1 concentram-se no Sul e Sudeste e no grupo 4 estão os municípios do Nordeste. CONCLUSÕES: Por incorporar dimensões da realidade como habitação, meio ambiente e saúde, o índice de condições de vida e saúde permitiu identificar municípios mais vulneráveis, embasando a definição de prioridades, critérios para financiamento e repasse de recursos de forma mais eqüitativa.

Referência(s)