Artigo Acesso aberto Revisado por pares

As crianças e o conceito de morte

1998; Springer Science+Business Media; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português

10.1590/s0102-79721998000300015

ISSN

1678-7153

Autores

Deise Cardoso Nunes, Luciane Carraro, Graciela Inchausti de Jou, Tânia Mara Sperb,

Tópico(s)

Death Anxiety and Social Exclusion

Resumo

A maioria das pesquisas que estuda como as crianças elaboram o conceito de morte relacionam-no com o desenvolvimento cognitivo. No entanto, as experiências individuais da criança (Fávero e Salim, 1995) bem como a cultura, que coloca a sua disposição os aspectos formais que representam os eventos de cada sociedade (Bruner, 1990) e, portanto, também o evento da morte, têm sido reconhecidas como influências importantes na elaboração deste conceito. Com a finalidade de observar se essas influências estão presentes na elaboração da representação mental da morte, examinaram-se seis crianças pré-escolares, utilizando-se entrevistas semi-estruturadas. Também, seguindo a proposta de Fávero e Salim (1995), que entendem o desenho como uma atividade simbólica capaz de representar conteúdos mentais, pediu-se às crianças que desenhassem o que pensavam da morte. Os resultados do estudo mostram que, tanto a experiência da criança com relação à morte quanto as representações formais à disposição na cultura, estão presentes na elaboração conceitual que as crianças fazem da morte.

Referência(s)