
Walter Benjamin e a teoria messiânica da história
2013; Issue: 29 Linguagem: Português
10.4025/urutágua.v0i29.18449
ISSN1519-6178
Autores Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
Resumo“Escovar a historia a contrapelo”. Talvez seja este o termo, descrito na sexta tese Sobre o conceito de Historia, que melhor sintetize o pensamento benjaminiano acerca da historiografia positivista e historicista dominante no periodo entre guerras e de ascensao do fascismo. Atraves da estetica social, da critica literaria e da arte, Benjamin apreendeu como poucos autores do seu tempo a realidade sociocultural e politica que levavam a Europa rumo a catastrofe iminente. A partir das premissas apocalipticas, sobretudo para um judeu, nas decadas de 1920 e 1930, este autor concebeu uma aproximacao original e coerente entre Materialismo Historico e teologia, entre messianismo judaico e marxismo, para possibilitar, dessa forma, “mobilizar para a revolucao as energias da embriagues”. Para romper com a reificacao do moderno trabalhador industrial, com a crenca ilimitada no progresso da tecnica, com a concepcao de tempo linear, homogeneo e vazio, para recuperar a “aura perdida”, Benjamin desenvolve o conceito de “interrupcao messiânica”. E esse conceito que este artigo pretende abordar, relacionando-o sempre com os exemplos empiricos de messianismo e milenarismo.
Referência(s)