
Sinuosidades e ranhaduras na poética de Wlademir Dias-Pino
2015; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Issue: 20 Linguagem: Português
10.11606/issn.2237-1184.v0i20p43-54
ISSN2237-1184
AutoresVinícius Carvalho Pereira, Célia Maria Domingues da Rocha Reis,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
Resumo<p>Nas fricções e superposições do real e do textual, mundo e texto se confundem naquilo que se dá a ler por uma hermenêutica dos sentidos. Nessa perspectiva, qualquer experiência estética consistiria na apreensão do mundo-como-texto e do texto-como-mundo a partir de suas linhas, elementos de conteúdo e expressão que permitem o vir-a-ser das coisas diante de nossa percepção. Esta, por sua vez, só possibilita que as coisas se delineiem em nossa mente, especialmente a partir de sua intuição temporal e espacial. A ambiguidade da “linha”, entre o ponto e o plano, o númeno e o fenômeno, o gráfico e o tátil, o textual e o real, é matéria da poética de Wlademir Dias-Pino, cuja arte verbo-visual, reafirmando o caráter físico da experiência poética como atrito e ranhura, devolve a unicidade das coisas a elas mesmas e desossifica nossa percepção do real.</p>
Referência(s)