Artigo Produção Nacional

Treinamento esfincteriano por meio de biofeedback no tratamento de crianças portadoras de micção incoordenada

2017; Convergences Editorial; Volume: 10; Issue: 2 Linguagem: Português

10.33233/fb.v10i2.1506

ISSN

2526-9747

Autores

Mirian Kracochansky,

Tópico(s)

Pediatric Urology and Nephrology Studies

Resumo

Vinte crianças portadoras de micção incoordenada foram tratadas por meio de treinamento vesicoesfincteriano, utilizando-se técnicas fisioterapêuticas associadas com equipamento de eletromiografia com eletrodos de superfí­cie – biofeedback (EMG–biofeedback). O grupo foi composto por 16 meninas e quatro meninos (média de idade 10 anos). O diagnóstico de micção incoordenada MINI baseou-se no histórico, exame fí­sico, ultra-som, uretrocistografia miccional e avaliação urodinâmica. Os parâmetros avaliados antes e depois do tratamento foram: troca de roupas í­ntimas ao dia, resí­duo pós-miccional, fluxo urinário máximo, número dos episódios de infecção do trato urinário e alteração no grau de refluxo vesicoureteral. O treinamento envolveu a monitorização da atividade eletromiográfica da musculatura da parede abdominal e Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP), por meio de eletrodos de superfí­cie. O tratamento consistiu em ensinar a criança a relaxar a musculatura pélvica durante a micção. Ao final de cada sessão, realizou-se um estudo com urofluxometria + EMG, visando identificar eventuais contrações da musculatura pélvica durante a micção. O protocolo de tratamento incluiu uma sessão semanal de fisioterapia com treinamento do assoalho pélvico, durante um perí­odo médio de 25 semanas (variando de 20 a 35 sessões). Os dados do estudo demonstraram que houve diminuição significativa no número de trocas de roupas í­ntimas diárias, diminuição dos episódios de infecção no trato urinário, melhora do fluxo miccional, diminuição do resí­duo pós-miccional e do grau de refluxo vesicoureteral. O treinamento fisioterapêutico com o EMG-biofeedback no tratamento da micção incoordenada em crianças demonstrou-se uma opção terapêutica não invasiva, segura e de resultados satisfatórios no presente estudo.Palavras-chave: biofeedback, disfunção miccional, criança.

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