Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Impacto da intubação orotraqueal na deglutição do indivíduo pós-acidente vascular encefálico após cirurgia cardíaca

2015; CEFAC Saúde e Educação; Volume: 17; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/1982-021620156414

ISSN

1982-0216

Autores

Tatiana Magalhães de Almeida, Paula Cristina Cola, Daniel Magnoni, João Ítalo Dias França, Michele F.C.A. Germini, Roberta Gonçalves da Silva,

Tópico(s)

Voice and Speech Disorders

Resumo

OBJETIVO:associar o grau de disfagia orofaríngea e o tempo de intubação orotraqueal no indivíduo pós-acidente vascular encefálico após cirurgia cardíaca.MÉTODOS:estudo clínico transversal descritivo, retrospectivo, realizado por meio da coleta de dados de protocolos e registros de prontuário, durante seis meses, em Hospital Público de Referência em Cardiologia. Foram analisados 25 protocolos e prontuários de indivíduos submetidos à cirurgia cardíaca, que evoluíram com acidente vascular encefálico e foram assistidos pela equipe de Fonoaudiologia. Os indivíduos foram divididos em dois grupos. O Grupo I (GI) constou de 10 indivíduos com intubação orotraqueal menor que 24 horas e o Grupo II (GII) de 15 indivíduos com intubação orotraqueal maior que 24 horas. Realizada avaliação clínica da deglutição e analisada a associação entre a classificação clínica do grau de comprometimento para disfagia e o tempo de intubação orotraqueal.RESULTADOS:verificou-se que no GI 40% apresentaram disfagia leve, 30% moderada e 20% grave. No GII 13,3% apresentaram disfagia leve, 33,3% moderada e 53,33% grave. Verificou-se associação linear significante entre o grau de disfagia e o tempo de IOT (p= 0,031), indicando que o número de indivíduos com disfagia moderada e grave foi maior no grupo com mais tempo de intubaçao.CONCLUSÕES:constatou-se que o tempo de intubação orotraqueal maior que 24 horas aumentou o grau da disfagia orofaríngea nesta população.

Referência(s)