Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Glicolipoproteína de Leptospira interrogans sorogrupo icterohaemorrhagiae: distribuição em fígado e rim de cobaias experimentalmente infectadas

1989; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 31; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/s0036-46651989000400005

ISSN

1678-9946

Autores

R. T. M. Santos, Elena Emiko Sakata, Paulo Hideki Yasuda, Alda Wakamatsu, Cristina Takami Kanamura, Ignez Candelori, Cynthia Bomfim Pestana, Venâncio Avancini Ferreira Alves,

Tópico(s)

Leptospirosis research and findings

Resumo

Acredita-se que as lesões teciduais na leptospirose possam decorrer da ação direta das leptospiras, de toxinas sintetizadas ou liberadas durante sua lise. O presente estudo visou a extração quimica da glicolipoproteína (GLP) da leptospira, a produção de anti-soro anti-GLP e a avaliação de sua distribuição em cortes de fígado e rim de cobaias inoculadas e sacrificadas em estudo seqüencial diário até o 6°dia de infecção, correspondente ao pico da doença. Procurou-se também correlacionar a expressão tecidual da GLP com o grau de lesões locais, em busca de novos subsídios para a compreensão da patogenia da leptospirose. A QLP foi detectada em fígado e rim de 2 dentre 6 cobaias no 5°dia e em todas as 6 no 6° dia de infecção, sob a forma de grânulos no citoplasma de macrófagos, livres no interstício ou acolados à membrana de células endoteliais e parenquimatosas, especialmente nas regiões mais lesadas. A cronologia do aparecimento da GLP e sua distribuição sugerem tratar-se de produto dc lise de leptospiras fagocitadas por macrófagos e que esta substância, conquanto não comprovada como iniciadora das lesões, associa-se a seu agravamento nas etapas mais avançadas da leptospirose.

Referência(s)