Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Factibilidade, segurança e eficácia do fechamento percutâneo da comunicação interatrial em crianças pequenas

2013; Elsevier BV; Volume: 21; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s2179-83972013000200014

ISSN

2179-8397

Autores

Marcelo Ribeiro, Fabrício Leite Pereira, Wanda Teixeira do Nascimento, Rodrigo Nieckel da Costa, Daniela Lago Kreuzig, Simone Rolim Fernandes Fontes Pedra, Patrícia Figueiredo Elias, Cristiane Pessoti, Ieda Bosisio Jatene, Maria Aparecida Paula Silva, Ricardo Fonseca Martins, Maria Virgínia Tavares Santana, Valmir F. Fontes, Carlos Augusto Cardoso Pedra,

Tópico(s)

Cardiac pacing and defibrillation studies

Resumo

INTRODUÇÃO: A experiência com o fechamento percutâneo da comunicação interatrial (CIA) em crianças pequenas é limitada. Avaliamos a factibilidade, a segurança e a eficácia desse procedimento em crianças com peso < 20 kg. MÉTODOS: Estudo descritivo observacional de uma coorte de crianças < 20 kg submetidas a tratamento percutâneo. Pacientes com dilatação ventricular direita e sintomas evidentes foram incluídos. Implantamos próteses aprovadas pela ANVISA, sob monitorização ecocardiográfica transesofágica. Os pacientes foram avaliados 1 mês, 3 meses, 6 meses e 12 meses após. RESULTADOS: Entre outubro de 1997 e maio de 2012, 80 pacientes foram tratados. As medianas de idade e peso foram de 4 anos (1-12) e 13,5 kg (5-20), respectivamente, 20 pacientes apresentavam alguma síndrome genética (25%) e 4 pacientes (5%) apresentavam CIA adicional. Somente um paciente necessitou duas próteses. Dois pacientes tinham defeitos associados, os quais foram tratados no mesmo procedimento (estenose pulmonar valvar e fístula arteriovenosa). Um paciente desenvolveu bloqueio atrioventricular total durante o implante da prótese, resolvido espontaneamente 36 horas após a remoção da prótese, sem necessidade de implante de marca-passo. Esse paciente foi tratado percutaneamente 6 meses após com sucesso, sem complicações. Setenta e nove pacientes receberam alta hospitalar em até 24 horas após o procedimento. Fluxo residual discreto (1-2 mm) foi observado em 5% dos casos antes da alta. Após 6 meses de seguimento, não foi detectado fluxo residual. Não houve complicações tardias no seguimento. CONCLUSÕES: O fechamento percutâneo da CIA em crianças pequenas selecionadas e sintomáticas é uma alternativa terapêutica factível, segura e eficaz, devendo ser a primeira opção para seu tratamento.

Referência(s)