
A origem e a constituição dos acervos ofiológicos do Instituto Butantan
2007; Volume: 3; Issue: 2 Linguagem: Português
10.47692/cadhistcienc.2007.v3.35725
ISSN2675-7214
AutoresMyriam Elizabeth Velloso Calleffo, Cibele Cíntia Barbarini,
Tópico(s)Amphibian and Reptile Biology
ResumoO Instituto Butantan desenvolveu papel fundamental na área de saúde pública, pois além do ofidismo, se envolveu em estudos de doenças no final do século XIX. Desde o inicio do século XX, serpentes provenientes de várias localidades do Brasil, são trazidas pela população ao Instituto, em decorrência do trabalho iniciado por Vital Brazil em sua campanha contra o ofidismo, pela permuta de soro por cobras. Era grande a quantidade de cobras enviadas ao Instituto, o que favorecia o crescimento do acervo de serpentes colecionadas e expostas ao público. Neste ínterim o Butantan difundiu e divulgou suas pesquisas, seus produtos e realizou atividades educativas, baseadas neste acervo. A Recepção de Serpentes, conhecida tradicionalmente por fornecedores de cobras em todo Brasil, sempre foi a porta de entrada e destino dos animais no Instituto. Devido à grande demanda no envio e permuta dos animais tornou-se necessário o estudo taxonômico para identificar as novas espécies que chegavam, esclarecendo sobre a especificidade do soro antiofídico. Ao mesmo tempo, o público se interessava em ver e conhecer os animais peçonhentos. Estes trabalhos foram significativos para aprimorar o acervo, ampliando o setor de pesquisa e o de exposição pública, e projetando o Instituto em outras instituições nacionais e estrangeiras. Em decorrência destas atividades duas seções se estabeleceram: uma se especializou em receber, identificar, registrar, armazenar e conservar osanimais, divulgando suas pesquisas científicas e catalogando as espécies. Outra se aprimorou em exposições públicas com caráter educativo e museológico. Nosso objetivo é caracterizar a formação deste acervo que compartilha uma mesma origem e atualmente é reconhecido pela “Coleção de Serpentes Alphonse Richard Hoge”, Laboratório de Herpetologia – Divisão de Desenvolvimento Científico e Museu Biológico – Divisão de Desenvolvimento Cultural.
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