Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Aspectos da ecologia dos flebotomos do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Rio de Janeiro. I - Frequência mensal em isca humana (Diptera, Psychodidae, Phlebotominae)

1984; Instituto Oswaldo Cruz, Ministério da Saúde; Volume: 79; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/s0074-02761984000200006

ISSN

1678-8060

Autores

Gustavo Marins de Aguiar, Thaís Soucasaux,

Tópico(s)

Insect and Pesticide Research

Resumo

Durante dois anos completos - outubro de 1980 a setembro de 1982 - capturamos flebótomos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. As coletas em isca humana foram realizadas semanalmente com duração de duas horas e em três diferentes horários.Em todas, anotavamos as fases da lua e, a cada hora, a temperatura, umidade relativa ventos e chuvas. Foram gastas 586 horas e capturados 4.824 flebotomos de dez espécies, todas pertencentes ao genero Lutzomyia França, 1924. Dessas espécies, L. ayrozai e L. hirsuta representaram 92% do total. As duas, no entanto, dominam a fauna em épocas diferentes: a primeira e mais frequente nos meses quentes e umidos, declinando consideravelmente nos meses frios e secos, ocasião em que a segunda comeca a predominar. As espécies L. fischeri e L. shannoni foram as mais resistentes as condições climáticas desfavoráveis. Na ocorrência de chuvas e ventos, geralmente eram as únicas a serem coletadas. Com relação as fases lunares, observamos que a lua nova foi a mais favorável a coleta de flebotomíneos e a lua cheia a de menor rendimento, excetuando-se L. shannoni que ocorreu com maior densidade nesse período.

Referência(s)