Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Uma abordagem teórica sobre cooperativismo e associativismo no Brasil

2015; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA; Volume: 12; Issue: 19 Linguagem: Português

10.5007/1807-0221.2015v12n19p70

ISSN

1807-0221

Autores

Djalma Ferreira Pelegrini, Simone de Faria Narciso Shiki, Shigeo Shiki,

Tópico(s)

Rural and Ethnic Education

Resumo

Este estudo é uma revisão das análises críticas do modelo de desenvolvimento rural brasileiro na década de 1970 e 1980, que inclui as cooperativas entre as estruturas que corroboram o processo de subordinação dos agricultores aos setores agroindustriais e agro-comerciais. As cooperativas agrícolas representam estruturas que consolidaram um processo produtivo típico da dinâmica capitalista em que a concorrência e não a cooperação tem sido a principal base para a organização. O objetivo desta revisão é mostrar que as abordagens em teoria da cooperação enfatizam novos conceitos que podem se tornar formas alternativas reais de organização para o desenvolvimento rural. A persistência de condições de subdesenvolvimento em áreas rurais conduziu os atores sociais para a busca de alternativas reais de organização social em nível local e regional. Estas organizações são baseadas em pressupostos em que a solidariedade, a cooperação e a participação da comunidade são enfatizadas no planejamento e gestão do desenvolvimento. Cooperativas e associações assumem especial relevância novamente, mas em função do fortalecimento do capital social em uma economia solidária e integrada em um território. Esta visão está em claro contraste com as daqueles que não vêm mais relevância nas ações destas organizações no cenário brasileiro de desenvolvimento rural. A mudança no conteúdo do discurso e na ação dos movimentos sociais rurais evidencia a relevância do cooperativismo e do associativismo no seu desafio de responder à persistência da desigualdade e do subdesenvolvimento no meio rural.

Referência(s)