Artigo Acesso aberto

Hacia una antropología ambiental para la apropiación social del patrimonio biocultural de los pueblos indígenas en América Latina

2015; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ; Volume: 35; Linguagem: Português

10.5380/dma.v35i0.43906

ISSN

2176-9109

Autores

Eckart Boege,

Tópico(s)

Environmental Sustainability and Education

Resumo

O seguinte artigo tenta contribuir com o conceito de patrimônio biocultural para a discussão das alternativas às crises socioambientais geradas pela globalização e pela transnacionalização da economia. A mudança climática constitui o maior fracasso do mercado visto no mundo e interage com outras imperfeições do mercado. A ecologia política vista a partir do sul não confia que a globalização, mesmo com a sua economia verde, possa resolver a crise ambiental global. Pobreza e ecocídio como parte deste neocolonialismo neoliberal são a lógica intrínseca do extrativismo que estamos padecendo na América Latina: Colinas verdes com milhões de hectares de soja e milho transgênico, desmatamentos massivos para plantações florestais, concessões para a mineração industrial, mega-hidroelétricas, fratura hidráulica para extração de gás de xisto e outros hidrocarbonetos são alguns exemplos que começam a invadir nossas paisagens. A partir dos movimentos da pluriversidade da América Latina, da interculturalidade crítica, das filosofias indígenas, da memória biocultural, da importância ecológica dos saberes tradicionais e do viver bem, trata-se de buscar enfoques que superem essa dualidade abissal natureza-cultura e a ideia instrumental do ocidente sobre natureza e corpo. Desde o ano 2000 está se esboçando um conceito novo, que é o da diversidade biocultural. Este conceito acrescenta a ideia de patrimônio (escrito com letras minúsculas) como componente vital no sentido de “defender o que é nosso”. Neste trabalho, procura-se vincular este conceito de patrimônio biocultural com a epistemologia do sul.

Referência(s)