O exílio dos músicos no Cone Sul: o Tango Rojo de Piru Gabetta - doi: 10.4025/dialogos.v16isupl.687
2012; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Volume: 16; Linguagem: Português
10.4025/dialogos.v16isupl..687
ISSN2236-1499
AutoresAlexandre Felipe Fiúza, Ernesto Bohoslavsky,
Tópico(s)Political and Social Dynamics in Chile and Latin America
ResumoEste artigo apresenta resultados de uma pesquisa de recorte internacional sobre os musicos exilados no Cone Sul ao longo das ditaduras ocorridas no Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, entre as decadas de 1960 e 1980. As fontes sao a analise da bibliografia, discografia, documentos oficiais das policias politicas e servicos de informacao, e, principalmente, os testemunhos dos envolvidos. Sao conhecidos os casos de musicos exilados com maior projecao midiatica, mas ha uma rede de musicos ignorada pela historiografia, lacuna esta que poderia ser preenchida pela historia oral. Esta metodologia revela, para alem do conhecimento das trajetorias destes musicos, os impasses, as caracteristicas dos regimes ditatoriais, as subjetividades que permearam este periodo historico, bem como as respostas que estes musicos deram a este estado de coisas. Em particular, analisaremos, neste texto, a historia de vida do argentino Nestor (Piru) Gabetta, cantor de tango e militante politico do PRT (Partido Revolucionario de los Trabajadores) que se exilou na Franca por nove anos a partir de 1976, periodo em que integrou o grupo Tiempo Argentino e quando lancou o disco Tango Rojo . Em seus anos de exilio, tambem viveu na Espanha, onde deu continuidade a sua carreira musical. Esta trajetoria traz uma recorrencia nos casos dos musicos exilados, ou seja, a atuacao paralela na musica e na politica, pois, quando do exilio, estes artistas produziram espetaculos de denuncia e manifestacoes de solidariedade as vitimas das ditaduras, engajando-se em movimentos que congregavam outros musicos de diferentes nacionalidades e matizes politicos.
Referência(s)