
“Todos os nomes”, de José Saramago: um texto entre dobras
2009; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 2; Issue: 3 Linguagem: Português
10.22409/abriluff.v2i3.29805
ISSN1984-2090
AutoresMaria Cecília Rogers Paranhos,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoEste texto se propõe desenvolver uma análise sobre a presença de traços do barroco no romance Todos os Nomes, de José Saramago. Para isso, serão utilizadas, sobretudo, reflexões de Gilles Deleuze, em sua obra A Dobra: Leibniz e o Barroco, em que, além da questão da dobra infinita e de seus respectivos desdobramentos, aborda-se a questão do movimento do indivíduo e da liberdade do ato voluntário, que conduzem ao ato acabado, bem como a questão do homem inacabado e da imutabilidade dos conceitos impostos pelo poder, características presentes no século do Barroco e também perceptíveis em nossa sociedade contemporânea. Por outro lado, o trabalho busca evidenciar a técnica narrativa do romance, relacionando-a ao tema da aventura cotidiana e do anti-herói moderno, como também à carnavalização da literatura, utilizando-se de alguns conceitos desenvolvidos por Mikhail Bakhtin.
Referência(s)