Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Pureza nagô e nações africanas no tambor de Mina do Maranhão

2001; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 3; Issue: 3 Linguagem: Português

10.22456/1982-2650.2170

ISSN

1982-2650

Autores

Mundicarmo Ferretti,

Tópico(s)

Race, Identity, and Education in Brazil

Resumo

O Maranhão é conhecido como principal centro de preservação da cultura jeje-dahomeana do Brasil, embora a maioria dos terreiros de mina reproduza principalmente o modelo da Casa de Nagô e não o da Casa das Minas (jeje). A primeira, apesar de tradicionalista e fundada por africanas, distancia-se do candomblé da Bahia e goza de menor prestígio do que a Casa das Minas. Os outros terreiros da capital maranhense que cultuam entidades africanas originaram-se direta ou indiretamente da Casa de Nagô ou de terreiros de outras “nações” já desaparecidos. Os demais terreiros de São Luís foram abertos para entidades espirituais não africanas (caboclas), principalmente por curadores ou pajés, geralmente procurando fugir à discriminação de que eram alvo. Apesar da Casa das Minas não ter autorizado o funcionamento ou reconhecido outra casa mina-jeje, alguns terreiros de mina que também cultuam voduns do Daomé, procuram se legitimar no campo religioso afro-brasileiro afirmando possuir alguma ligação com ela ou com suas fundadoras africanas. Nesse trabalho se analisa a construção da identidade jeje da Casa Fanti-Ashanti e o filme documentário Atlântico Negro - Na rota dos orixás, de Renato Barbieri, onde ela é apresentada como a representante da cultura do Dahomé no Brasil.

Referência(s)