
CRISES FINANCEIRAS E O PAPEL DA POLÍTICA ECONÔMICA: UMA ABORDAGEM PÓS-KEYNESIANA
2015; Volume: 33; Issue: 63 Linguagem: Português
10.22456/2176-5456.35288
ISSN2176-5456
AutoresLucas Lautert Dezordi, Marcelo Curado,
Tópico(s)Political Economy and Marxism
ResumoO objetivo central deste artigo consiste em discutir a condução das políticas econômicas, monetária e fiscal, em um ambiente de fragilidade financeira através de um modelo macrodinâmico. A evidência histórica destaca que, para evitar períodos de depressão econômica e pânicos prolongados, como ocorreram na Grande Depressão, as políticas econômicas devem ser coordenadas. A combinação de baixa taxa de juros e aumento do déficit público torna-se fundamental para estabilizar o sistema. O modelo proposto parte da identidade macroeconômica kaleckiana de determinação de lucro e, em seguida, utiliza os conceitos fundamentais do pensamento pós-keynesiano. Os resultados indicam que a combinação de queda na taxa de juros deve ser seguida por uma expansão do déficit público para estabilizar o sistema em períodos de severa fragilidade financeira das empresas. Em casos de colapso da eficiência marginal do capital, decorrente, por exemplo, de uma deterioração do estado de confiança, a queda dos juros no nível da “armadilha da liquidez” torna-se fundamental para estabilizar o modelo.
Referência(s)