Visões do Oriente e dos Impérios; Théophile Gautier e Giuseppe Verdi
2015; Volume: 10; Issue: 17 Linguagem: Português
10.25094/rtp.2014n17a221
ISSN1808-5385
AutoresCelina Maria Moreira de Mello,
Tópico(s)African history and culture studies
ResumoA ópera Aida (1871), do compositor italianoGiuseppe Verdi (1813-1901), explora um tema pitorescoexótico, a força, a selvageria e a plasticidade dos antigosimpérios egípcios, que tanto marcaram as imagens dooutro no século XIX e que também podemos encontrarem inúmeras obras românticas, tais como o Romance damúmia (1857) de Théophile Gautier (1811-1872). O poetae romancista francês compartilhou com o compositor umimaginário romântico que fez do Egito um dos espaços maisevocados no século XIX, para uma ambientação pitorescaoriental. Ambos projetam as imagens românticas do antigoEgito que encantaram tantos viajantes e cuja plasticidademuito deve às imagens que foram se formando, a partir deum fundo de textos, documentos, desenhos, interpretaçõese fabulações criadas por poetas, escritores e pintores. Suaconsolidação resulta de processos de dominação políticae de representação, em que a literatura e a arte têm umpapel primordial. Evocamos, aqui, de que modo os antigosimpérios do Egito são reconstruídos por Théophile Gautierem Le Roman de la momie e por Verdi em Aida, na mesmalógica das relações entre a arte e a sociedade.
Referência(s)