Artigo Acesso aberto Produção Nacional

PRIMEIRA DESCRIÇÃO DO Lutzomyia longipalpis EM 11 MUNICÍPIOS DO ESTADO DE SÃO PAULO, 2014

2015; Volume: 31; Issue: 2 Linguagem: Português

10.15361/2175-0106.2015v31n2p97

ISSN

2175-0106

Autores

Eric Mateus Nascimento de Paula, J. H. B. TOSCANO, N. C. MARQUES, Marina Beanucci Delamonica Olivari, B. F. IZOLA, Ana Paula Rodomilli Grisólio, Raphaella Brabosa Meirelles-Bartoli, A. A. B. Carvalho,

Tópico(s)

Trypanosoma species research and implications

Resumo

Lutzomyia longipalpis, popularmente conhecido como mosquito-palha, é o principal vetor da leishmaniose visceral (LV), enfermidade parasitária transmitida pela picada do inseto e cujas infecções variam de assintomática e leves (maioria dos casos) a fatais. Os casos de LV no Brasil estão em franco crescimento nas últimas décadas, principalmente pela expansão dos ambientes urbanos, invadindo áreas de vegetação naturalmente habitada pelo vetor e reservatórios silvestres. Tendo em vista o papel indispensável dos flebotomíneos na disseminação da leishmaniose, as pesquisas entomológicas são fundamentais, para se conhecer a fundo a distribuição e biologia deste díptero. Esse estudo objetivou descrever os municípios do Estado de São Paulo (ESP) que, pela primeira vez, relataram, em 2014, a presença do L. longipalpis. Trata-se de um estudo descritivo utilizando-se dados de pesquisas entomológicas da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN) do Estado de São Paulo. Ao todo 11 cidades do ESP registraram, em seus limites, a presença do L. longipalpis neste ano, sendo elas: Cordeirópolis, Valinhos, Álvares Florence, Floreal, Gastão Vidigal, General Salgado, Mira Estrela, Monções, Turmalina, Emilianópolis e Rancharia. Destes municípios, nenhum possui casos de leishmaniose em cães, entretanto, General Salgado registrou um caso de leishmaniose em ser humano.. Segundo o Ministério da Saúde, todos esses municípios são classificados epidemiologicamente como "silencioso receptivo vulnerável". Conlui-se, então, que 11 cidades relataram, pela primeira vez, Lutzomyia longipalpis apenas no ano de 2014. Embora praticamente ausentes os casos de LV nestes locais, reforça a importância dos estudos em relação a este díptero, o que permite apontar áreas receptivas à realização do inquérito amostral canino, orientando ações de controle do vetor e, consequentemente, da enfermidade.

Referência(s)
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