A PROTEÇÃO JURÍDICA DO PATRIMÔNIO CULTURAL NA FRONTEIRA BRASIL-URUGUAI

2013; Servicios Academicos Intercontinentales; Linguagem: Português

ISSN

1988-7833

Autores

Cláuber Gonçalves dos Santos,

Tópico(s)

International Arbitration and Investment Law

Resumo

A Constituicao Federal de 1988 inovou em materia de protecao ao patrimonio cultural, dispondo que esta protecao devera ser feita da forma mais ampla possivel e com participacao social. Adotou um conceito amplo na linha de entendimento usada pela UNESCO, exigindo politicas publicas efetivas de preservacao e protecao. Estes resultados so podem ser alcancados conhecendo-se o universo no qual estes bens estejam inseridos, assim como a comunidade destinataria destes bens. Cabe aos entes federados (por competencia comum) – Uniao, Estados, Distrito Federal e Municipios – a adocao de normativas e politicas publicas preservacionistas. Estas acoes merecem destaque frente aos bens fronteiricos, dado que estes sao compostos de singularidades nao presentes nas demais regioes do territorio – as influencias culturais de povos vizinhos, em especial quando se tratar de bens considerados patrimonio binacional, como e o caso da Ponte Maua localizada na fronteira do Brasil com o Uruguai. Neste caso, a protecao de bens como esse fica sujeita aos ditames legais de cada pais e a politica publica por eles adotada. No caso de exigencia de politicas publicas pela via judicial ha debilitacao ante a limitacao geografica, exigindo novos modelos juridicos para a efetivacao dos direitos culturais - a criacao de organismos internacionais compostos pelos paises envolvidos, com recursos e personalidade juridica propria, criados com intuito de responderem judicialmente pela protecao dos patrimonios culturais binacionais.

Referência(s)