
Reação Hansênica Tipo 1 Ulcerada
1998; Volume: 23; Issue: 1/2 Linguagem: Português
10.47878/hi.1998.v23.36460
ISSN1982-5161
AutoresDiltor Vladimir Araújo Opromolla, Somei Ura, Raul Negrão Fleury, Flávia C. Daher, Roberto Pagung,
Tópico(s)Tuberculosis Research and Epidemiology
ResumoOs autores estudaram 15 casos de hanseníase tuberculóide reacional (13) e dimorfa reacional (2) que ulceraram (12 mulheres e 3 homens, entre 30 e 76 anos). Chamam a atenção para a escassez de trabalhos na literatura sobre esse tema e descreveram os aspectos clínicos desses casos, os resultados da baciloscopia, histopatologia e do teste de Mitsuda. Eles enfatizaram a predominância de pacientes com imunidade mais alta, ou seja, aqueles que exibiam baciloscopia negativa e a reação de Mitsuda igual a 6 mm ou mais. As ulcerações apareceram, na maioria das vezes, durante o 29 ou 39 surto reacional. A opinião dos autores é de que as reações hansênicas tipo 1 são manifestações de hipersensibilidade que ocorrem devido à multiplicação bacilar, seguida de sua destruição pelas defesas orgânicas ou pela terapêutica e a conseqüente liberação de epítopos, que desencadeariam o fenômeno reacional. Eles sugeriram para explicar o aparecimento de ulcerações em seus pacientes duas possibilidades. A primeira seria uma estimulação continua dos macrófagos, podendo levar ao dano tecidual através da produção de intermediários reativos do oxigênio e hidrolases, que é devida ao aumento na produção de TNFa. A outra possibilidade seria admitir que esses casos que ulceram constituam um grupo geneticamente relacionado que apresenta homozigose para o alelo TNFB2, o qual se relaciona com indivíduos que apresentam concentrações plasmáticas altíssimas de TNFa, quando comparados com indivíduos heterozigotos e indivíduos homozigotos para o alelo TNFB1.
Referência(s)