
CREPÚSCULO DA IDENTIDADE ÚNICA NA ERA DA INFORMAÇÃO
2011; UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE; Volume: 2; Issue: 1 Linguagem: Português
ISSN
1984-2503
Autores Tópico(s)Economic Theory and Policy
ResumoConsoante o postulado semiologico da economia enunciativa, a semelhanca do que se passa na esfera economica, ha um mercado de natureza simbolica onde os discursos sao produzidos, postos em circulacao e apropriados ou reconhecidos. Nesse contexto, algumas palavras, expressoes ou metaforas se convertem em verdadeiras senhas imprescindiveis para o ingresso nas discussoes relativas a uma determinada epoca e contexto. Atualmente, encontramos, dentre outras, a metafora Sociedade de Informacao que, apesar de continuar devedora em suas pretensoes explicativas e conceituais, continua suscitando importantes reflexoes a respeito do futuro que estaria reservado ao homem. Em especial, levando-se em condideracao as intervencoes radicais das ciencias e das tecnologias praticamente sobre todas as instâncias sociais. Grande parte dessas reflexoes ainda costuma analisar a tecnociencia como potencia diabolica, responsavel tanto pelo esquecimento do ser[1], como pela desvirtuacao da identidade. Mas, afinal de contas, teria mesmo a idendidade nascido pronta, como fruto de uma matriz da perfeicao? Ou, ao contrario, tratar-se-ia de alguma coisa indefinida, cuja realizacao (sempre inacabada) estaria na propria errância do ser, em sua constante e complexa reinvencao da aparencia? [1] Sobre estas visoes profeticas, cf. autores mais recentes, mas sem perder de vista as reflexoes desenvolvidas por Husserl e Heidegger, que, em ultima instância, interpretaram a tecnociencia como potencia diabolica, ameacadora, entidades responsaveis pelo esquecimento do ser.
Referência(s)