Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Epidemiologia das infecções em queimaduras no nordeste do Brasil

2009; UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS; Volume: 11; Issue: 2 Linguagem: Português

10.5216/ree.v11.47026

ISSN

1518-1944

Autores

Márcia Calheiros Chaves Silva, Jamile de Souza Pacheco, F. Furtado, José Costa Matos Filho, Ana Kelve de Castro Damasceno,

Tópico(s)

Climate Change and Health Impacts

Resumo

As infecções hospitalares são complicações freqüentes, graves que comprometem a recuperação dos pacientes queimados. O presente estudo teve como objetivo identificar o perfil epidemiológico e os principais microrganismos isolados de infecções em vítimas de queimaduras em Fortaleza/CE. Estudo observacional, longitudinal, prospectivo, utilizando dados secundários dos indivíduos atendidos no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Instituto Dr. José Frota (IJF) para tratamento de queimaduras, atendidos entre janeiro/ 2004 a abril/2006. 419 vítimas de queimaduras foram atendidas no período estudado, sendo maioria do sexo masculino (59,43%), procedente de Fortaleza (56,80%), com menos de três anos de idade (30,31%). Do total, 188 pacientes (44,88%) apresentaram queimaduras em 11 a 20% da superfície corporal queimada (SCQ). Foram notificados 175 casos de infecções hospitalares, sendo a infecção da corrente sangüínea a mais prevalente (77,14%), seguida da infecção respiratória (11,43%), do trato urinário (8,0%) e cutânea (2,86%). Os microorganismos mais comumente isolados foram Staphylococcus aureus (34,69%), Pseudomonas sp.(33,33%), Enterobacter sp.(14,29%), Escherichia coli (4,08%) e Klebsiella pneumoniae (3,40%). A faixa etária mais acometida foi abaixo de três anos, evidencia necessidade dos pais assegurarem a segurança de seus filhos em casa. Os microorganismos isolados ratificam o risco elevado das vítimas de queimaduras as infecções endógenas e exógenas.

Referência(s)