
A escrita literária como experiência dos corpos políticos: uma leitura do conto “Frio” de João Antônio
2015; Issue: 32 Linguagem: Português
10.4025/urutágua.v0i32.26297
ISSN1519-6178
Autores Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoO presente trabalho busca analisar o conto “Frio” de Joao Antonio, lancado em 1975 e que compoe a obra “Malagueta, Perus e Bacanaco”, lancando mao das nocoes de experiencia de Benjamin e vida nua de Agamben, propondo convergir o texto literario e a filosofia atentando para a emergencia de se pensar a biopolitica e o papel da literatura ou da linguagem poetica enquanto testemunho da barbarie. A leitura proposta atende a necessidade que o conto de Joao Antonio nos traz de se pensar a estetica tragica das paisagens urbanas, do cotidiano e como a literatura pode dialogar com a vida. No trânsito de um menino de rua negro e sem nome que tem o costume de falar sozinho pelas ruas de Sao Paulo, somos apresentados aos seus pensamentos, em um discurso indireto-livre, ate que ele chegue ao ferro-velho, objetivo de sua jornada, que aqui propomos como movimento etico.
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