Memória e identidade alagoana, a oralidade na constituição do patrimônio cultural do Estado
2008; UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA; Issue: 18 Linguagem: Português
ISSN
2317-6725
AutoresJanaína Cardoso de Mello, Ricardo da Silva Santos,
Tópico(s)Memory, Trauma, and Testimony
ResumoO seculo XX inaugurou um periodo marcado pela valorizacao do presente compreendido como “vida” em oposicao a um passado associado a “morte”. Apos duas guerras mundiais se instaurou o slogan: “Tout, tout de suite” (tudo, tudo agora) inscrito nos muros de Paris em maio de 1968. A desilusao com as experiencias revolucionarias concentrou a ideia do presente como principal categoria de reflexao historia. O presente, nada alem dele, eis o que Francois Hartog denomina de “presentismo” ao discutir os regimes de historicidade em suas diversas temporalidades.4 Nesse sentido, a contemporaneidade enseja grandes desafios ao historiador. A velocidade das transformacoes cotidianas impoe as sociedades um ritmo mais intenso, quase visceral, no curso da tecnologia. Varios pesquisadores sociais, preocupados com o desenvolvimento das ciencias humanas na era da informatica e de seus espacos cyber virtuais veem-se apanhados pelo turbilhao de informacoes, significados e simbolos que a cada momento sao revitalizados, reconstituidos e resignificados.5 O processo civilizatorio da modernidade corporificado em tendencias globalizantes visa homogeneizar modelos economicos, politicos, sociais e culturais dentro dos padroes pre-estabelecidos pelos paises hegemonicos no panorama mundial. As regras do ocidente estendem seus tentaculos a todos os espacos ditando modos de pensar e agir. Vive-se sob a egide do imediatismo, do “tempo real”, no qual o passado como elemento fundador ou ancestral ruiu sob o descredito da nocao de fragmentacao e do esquecimento. De acordo com Yosef H. Yerushalmi:
Referência(s)