Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Considerações hidrodinâmicas sobre a derivação liquórica: Parte II: O efeito sifão em sistemas de drenagem externa

2005; Thieme Medical Publishers (Germany); Volume: 24; Issue: 02 Linguagem: Português

10.1055/s-0038-1625462

ISSN

2359-5922

Autores

Angelo L. Maset, José R. Camilo, Edson D.R. Vieira,

Tópico(s)

Cardiovascular Function and Risk Factors

Resumo

Resumo Objetivo: a hiperdrenagem devido a acidentes e manipulação inadequada de sistemas de drenagem externa é um fato e submete o paciente a conseqüências graves, muitas vezes até à morte. Essa complicação mecânica tem sido subestimada e para a qual não existe mecanismo protetor até esse momento. Este trabalho procura responder às seguintes questões: (1) qual é o tempo necessário para que ocorra a drenagem de todo o líquor contido nos ventrículos para o sistema de drenagem externa? (2) qual é a influência do gradiente hidrostático no tempo de drenagem? (3) qual a influência da pressão intraventricular no tempo de drenagem? Materiais e métodos: utilizando-se de uma bancada de testes para hidrodinâmica, as tubagens de três sistemas, comerciais disponíveis no país, foram testadas quanto às suas características de fluxo. Foram simulados gradientes hidrostáticos negativos de 12,5; 25; 50 e 100 cm, e pressão intraventricular (PIV) de 5, 10, 15 e 20 cm H2O. Resultados: o tempo de escoamento do líquor ventricular depende do raio e do comprimento do tubo do sistema utilizado. Entretanto, qualquer que seja o sistema utilizado, o escoamento ocorre muito rapidamente. O gradiente hidrostático é o fator mais importante na drenagem do conteúdo ventricular no efeito sifão; a PIV e o raio do tubo têm importâncias relativas, que se atenuam conforme aumenta o gradiente hidrostático negativo. Conclusão: a quantificação temporal do fluxo livre de uma bolsa de drenagem ressalta a importância clínica de se desenvolver mecanismos protetores contra o efeito sifão em sistemas de drenagem externa.

Referência(s)