Artigo Acesso aberto Revisado por pares

A educação e o movimento de defesa dos animais não humanos em Portugal na transição do século XIX para o Século XX

1969; Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO); Linguagem: Português

10.20952/revtee.v0i0.2291

ISSN

2358-1425

Autores

Alexandra Amaro, Margarida Louro Felgueiras, Marina Prieto Afonso Lencastre,

Tópico(s)

Environmental Sustainability and Education

Resumo

As abordagens filosóficas conservacionista e protecionista atribuem o surgimento de inquietações sociais sobre os maus tratos infligidos aos animais não humanos em diversos países do ocidente, na transição do século XIX para o século XX. Este movimento social desafiou a visão hegemónica antropocêntrica, obteve a criação das primeiras áreas protegidas e organizou-se em associações de cidadãos, inquietos com o sofrimento animal, orientados para a proteção, prestação de assistência e defesa dos animais não humanos, procurando melhorar as condições em que eram mantidos, pela implementação de várias medidas: aprovar leis de proteção animal, desenvolver projetos para educar a população em geral e sensibilizar as crianças, ajudar a suprimir os maus tratos e promover a adoção de boas práticas na relação quotidiana com os referidos seres vivos. Este trabalho pretende tornar visível o processo histórico de organização de associações de defesa dos animais em Portugal, seus objetivos e ação educativa, analisar algumas medidas propostas e perspetivar historicamente os debates atuais sobre educação ambiental e a proteção animal. A pesquisa teve por base o Zoophilo, os estatutos da Sociedade Protectora dos Animaes e da Liga Nacional de Defesa dos Animais, os pareceres e o projeto de lei por ela apresentado à Assembleia Constituinte de 1910.

Referência(s)