Avaliação funcional respiratória pré-operatória
2005; Elsevier BV; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português
10.1016/s0873-2159(15)30535-3
ISSN2173-5115
AutoresMaría João Matos, Alexandra Catarino,
Tópico(s)Hemodynamic Monitoring and Therapy
ResumoA avaliação funcional pré-operatória tem evoluído muito ao longo dos anos. Vários parâmetros ventilatórios têm sido referenciados e é Markos, em 1993, que preconiza que o risco operatório deverá ser estabelecido com base na função que se prevê para o pós-operatório e não na função prévia ao acto cirúrgico. A acrescentar aos parâmetros clássicos (FEV1 e DLCO), a avaliação funcional regional por radioisótopos e a ergometria têm um papel importante na previsão de valores pós-operatórios e na estimativa do risco operatório estratificado. No que diz respeito aos limites de operabilidade, não existem consensos quanto a valores mínimos exigidos para cirurgia, embora tenham sido propostas orientações nesse sentido. Alguns estudos sugerem, até, que a contra-indicação absoluta para cirurgia pode ser muito relativa. O conceito de valores preditivos pós-operatórios tem sido alvo de interesse crescente, inicialmente para o FEV1 e, mais recentemente, para a DLCO, sendo aceites valores mínimos de FEV1 de 700-1000 ml ou 30% do teórico e de DLCO de 40%. Os testes de exercício abriram novas perspectivas na avaliação do risco cirúrgico. O estudo actualmente mais recomendado é o teste incremental máximo limitado por sintomas, por apresentar maior valor preditivo de morbilidade e mortalidade pós-operatória. Vários algoritmos têm sido propostos por diferentes sociedades internacionais ou autores de referência nesta matéria, sendo mais utilizado o de Gilberth e Weisman (1994). A cirurgia de redução de volume pulmonar (CRVP) exige selecção muito cuidada de candidatos, actualmente com critérios objectivos recomendados pelo National Emphysema Therapy Trial (NETT). Preoperative pulmonary function has much progressed over the years. Many ventilatory parameters have been used and it was Markos in 1993 that decreed that surgical risk must be established based on the predictable postoperative pulmonary function and not the preoperative. In addition to classical parameters (FEV1 and DLCO), regional functional evaluation with radioisotopes and ergometry have an important role in predicting postoperative status and assessing surgical risk. In what concerns the surgical threshold there is no consensus as to the minimum rates required to perform surgery though various recommendations have been made. Some studies even suggest that absolute contraindication for surgery may be extremely relative. The concept of predictable postoperative status has been a source of growing interest, initially related to FEV1 and more recently DLCO; acceptable minimum FEV1 volumes of 700-1000 ml or 30% theoretical value and 40% of DLCO. Stress tests allowed a new outlook in preoperative evaluation and surgical risk assessment. Currently the most highly recommended protocol is the maximum incremental test limited by symptoms; it has a high degree of predictability for postoperative mortality and morbidity. Various algorithms have been suggested by different International Societies and renowned authors in this area but the one most used is Gilberth and Weisman (1994). Lung volume reduction surgery (LVRS) requires a careful selection of candidates with objective criteria recommended by the National Emphysema Therapy Trial (NETT).
Referência(s)