
As Indicações Geográficas como Estratégia para Fortalecer o Território: o caso da indicação de procedência dos vales da uva Goethe
2015; UNIV. REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL; Volume: 13; Issue: 30 Linguagem: Português
10.21527/2237-6453.2015.30.155-174
ISSN2237-6453
AutoresAdriana Carvalho Pinto Vieira, Valdinho Pellin,
Tópico(s)Organic Food and Agriculture
ResumoAs Indicações Geográficas (IGs) podem ser entendidas, do ponto de vista econômico, como uma estratégia para agregar valor a produtos ou serviços que têm características próprias relacionadas ao território ao qual estão inseridas, e assim, fortalecer o desenvolvimento territorial. Este instituto divide-se em indicação de procedência (IP) e denominação de origem (DO). O primeiro indica que produtos ou serviços procedem de determinado lugar, cujos elementos principais para sua caracterização são as ações do homem e o saber fazer. O segundo destaca que, além dos elementos de produção humana, requer que o produto se caracterize pelos elementos da natureza, tais como, relevo, clima e solo. Este instituto também visa proteger os produtos, os produtores e principalmente garantir a qualidade e a informação aos consumidores. A analise do presente artigo é caracterizada como qualitativa e descritiva e quanto aos meios de investigação classifica-se como bibliográfica. A pesquisa bibliográfica foi realizada como meio de investigação em fontes secundárias. Procurou-se verificar como o instituto da IG pode promover o desenvolvimento territorial, identificando pontos fortes e vocações econômicas que podem tornar a região mais competitiva a partir da análise da experiência da IP dos Vales da Uva Goethe, na região de Urussanga – SC. O estudo demonstrou que as IGs podem ser verdadeiras catalisadoras do desenvolvimento territorial. Na experiência da Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe observou-se importantes vantagens, sobretudo econômicas, após o reconhecimento, como o aumento nas vendas e o acesso a novos mercados. Além disso, identificou-se o desenvolvimento de atividades complementares como o enoturismo e a preservação da identidade local.
Referência(s)